Sejam bem vindos

Quem sou eu

Minha foto
"Espero que aprecie esse Blog,pois busco trazer sempre novidades para você. Se tiver alguma dúvida,comentário ou sugestão,sinta-se à vontade em fazê-lo." Email : teixeirajesus1@hotmail.com

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Lula chega a Caracas para tratar com Chávez tensão entre Venezuela e Colômbia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta sexta-feira (6) a Caracas para um novo encontro trimestral com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, no qual serão analisados diversos assuntos bilaterais e a crise entre esse país e a Colômbia.
Após a estadia em Caracas, Lula partirá hoje mesmo para Bogotá, onde nesta noite vai participar de um jantar oferecido pelo presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, aos líderes que amanhã estarão presentes na posse de seu sucessor, Juan Manuel Santos.
Na Venezuela, pela agenda divulgada pela Presidência brasileira, Lula se dirigirá a partir do aeroporto de Maiquetia para a Casa Amarela, sede da Chancelaria venezuelana, para assistir a uma reunião da secretaria da cúpula África-América do Sul. Depois, ele será recebido por Chávez no Palácio presidencial de Miraflores, onde terá uma reunião privada à qual posteriormente se unirão ministros de ambos os governos.
Nesse encontro, entre outros assuntos, Lula e Chávez vão analisar a ruptura das relações entre Venezuela e Colômbia, decidida por Caracas depois que Bogotá denunciasse a presença de 1,5 mil guerrilheiros colombianos em solo venezuelano.Ao término da reunião, está prevista a assinatura de diversos acordos nas áreas agrícola, financeira, habitação e social.
Tensão entre vizinhos
A tensão entre Venezuela e Colômbia aumentou em 22 de julho, quando o presidente venezuelano Hugo Chávez rompeu relações diplomáticas com a Colômbia, após o governo colombiano denunciar na Organização dos Estados Americanos (OEA) a existência de acampamentos e guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território venezuelano, com o consentimento de Chávez.
Na última reunião de chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), realizada em 29 de julho para discutir a crise diplomática entre Venezuela e Colômbia, foi encerrada sem avanços. De um lado, a Colômbia pediu que uma comissão internacional investigue os supostos acampamentos das Farc em território venezuelano. De outro, a Venezuela nega leniência e acusa o país vizinho de mentir.
Representado pelo vice-chanceler Antonio Patriota, o Brasil chegou a apresentar sobre a mesa um plano de cinco pontos para apaziguar a tensão atual: 1) ratificar América do Sul como uma região de paz; 2) compromisso de resolver diferenças por meios pacíficos; 3) compromisso comum de luta contra grupos ilegais, em particular aqueles vinculados ao narcotráfico; 4) compromisso das duas partes de não fazer declarações públicas que agravem a situação e 5) instar a presidência do organismo a recolher outras propostas com vistas a um novo encontro.
Em 30 de julho, Chávez, enviou unidades militares para a fronteira, após considerar que o governo colombiano representaria uma "ameaça de guerra". Uribe, por sua vez, descartou qualquer iniciativa nesse sentido.
Também no fim do mês passado, Lula afirmou que o conflito entre Venezuela e Colômbia é apenas verbal e que não é novidade. A declaração foi condenada por Uribe que, em comunicado oficial, considerou que o brasileiro tratou a crise “como se fosse um caso de assuntos pessoais, ignorando a ameaça que a presença dos terroristas das Farc nesse país representa para a Colômbia e para o continente".
Lula decidiu não comentar as críticas do presidente colombiano e reafirmou sua disposição ao diálogo com Colômbia e Venezuela. Em seguida, o brasileiro telefonou para o presidente eleito Juan Manuel Santos para é disse que o bom relacionamento entre Colômbia e Venezuela é importante para a paz na região.
Veja abaixo a cronologia da tensão entre Venezuela e Colômbia até o rompimento das relações diplomáticas:
2009: 28 julho: A Suécia confirma que vários lança-foguetes produzidos no país e apreendidos com as Farc foram vendidos à Venezuela no final dos anos 80. Chávez ordena a "retirada" de seu embaixador de Bogotá, congela as relações diplomáticas e comerciais e adverte que romperá laços diante de uma "nova agressão" do presidente colombiano, Álvaro Uribe.
8 novembro: Chávez convoca os venezuelanos a "se prepararem para a guerra".
13 novembro: A Colômbia entrega à OEA um protesto pelas "ameaças" bélicas da Venezuela.
20 novembro: O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, pede que os dois países mantenham a "máxima prudência".
25 novembro: A Venezuela entrega a Insulza um documento no qual qualifica o pacto militar dos EUA com a Colômbia como "uma ameaça de guerra".
2 dezembro: Uribe denuncia que a Venezuela mantém um "embargo ilegal" contra seu país.
2010: 22 fevereiro: Uribe e Chávez protagonizam uma forte discussão durante a Cúpula do Grupo do Rio, no México, mas depois aceitam a mediação de "países amigos", liderados pelo líder dominicano, Leonel Fernández.
31 março: Denunciada a detenção na Venezuela de oito colombianos residentes nesse país, acusados de espionagem.
8 abril: Uribe pede à Venezuela que respeite os direitos dos cidadãos da Colômbia que vivem nesse país.
9 abril: A Venezuela acusa a Colômbia de "destruir" as relações bilaterais, e o governo colombiano responde dizendo que "o embargo" que afeta o comércio bilateral foi imposto pelos venezuelanos.
25 abril: Presidente venezuelano diz que a eleição de Juan Manuel Santos à Presidência poderia "gerar uma guerra" na região.
26 abril: A Colômbia denuncia a "inaceitável" intervenção venezuelana na campanha eleitoral.
20 junho: Santos vence as eleições presidenciais em segundo turno.
21 junho: Presidente eleito convida governos do Equador e Venezuela a "abrir caminhos de cooperação rumo ao futuro". O governo venezuelano o parabeniza por sua vitória.
24 junho: Santos escolhe a ex-embaixadora na Venezuela María Ángela Holguín como sua futura chanceler.
25 junho: Holguín menciona a recomposição das relações com a Venezuela como um de seus "grandes desafios" em matéria diplomática.
14 julho: Chávez diz que "avalia" a possibilidade de assistir à posse de Santos e que autoriza Maduro a se reunir com Holguín.
15 julho: governo colombiano anuncia que tem provas da presença de chefes guerrilheiros na Venezuela.
16 julho: A Venezuela denuncia uma "nova investida" contra as relações bilaterais e convoca seu embaixador em Bogotá, enquanto a Colômbia solicita à OEA uma sessão extraordinária do Conselho Permanente para investigar a presença de "terroristas colombianos" em território venezuelano.
Chávez anuncia que não assistirá à posse de Santos porque deve "cuidar" de sua vida, e adverte que "poderia romper as relações" com o país vizinho, após acusar Uribe de querer "gerar um grande conflito" bilateral.
18 julho: Chávez relaciona a nova disputa com a Colômbia com a "doutrina imperial americana".
19 julho: O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembra a Colômbia e Venezuela que o diálogo é a melhor ferramenta para resolver qualquer diferença "entre vizinhos", e coloca à disposição dos dois países "toda a ajuda técnica" desse organismo para resolver a crise bilateral.
O governo colombiano assegura que apresentará à OEA evidências "claríssimas" e "recentes" da presença de chefes guerrilheiros na Venezuela.
20 julho: Chávez afirma que as acusações da Colômbia de que seu país é refúgio de líderes guerrilheiros colombianos obedecem "à luta pelo poder" entre o presidente em fim de mandato e o eleito, Juan Manuel Santos.
Uribe assegura que para "falar sinceramente de irmandade" com as nações vizinhas "não pode haver criminosos envolvidos", em alusão à Venezuela.
21 julho: O embaixador do Equador na OEA, Francisco Proaño, que exerce a Presidência rotativa do Conselho Permanente do organismo, anuncia sua renúncia por divergências com o chanceler de seu país a respeito da convocação de uma reunião dessa instância para avaliar as denúncias da Colômbia sobre a presença de chefes das Farc na Venezuela.
O embaixador de El Salvador na OEA, Joaquín Alexander Maza Martelli, assume como presidente do Conselho Permanente após a renúncia do embaixador equatoriano e convoca para a quinta-feira 22 de julho a sessão extraordinária solicitada pela Colômbia.
O embaixador da Colômbia na OEA, Luis Alfonso Hoyos, assegura que seu país não pretende que o governo da Venezuela seja condenado pelo organismo com seu pedido de uma reunião extraordinária do Conselho Permanente.
22 julho: A Colômbia denuncia em uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA uma presença "consolidada", "ativa" e "crescente" das guerrilhas na Venezuela, a quem pede que atue sem "demoras" para que não se agrave a situação. Além disso, solicita a criação de uma comissão internacional que verifique nos próximos 30 dias a presença de acampamentos das Farc em território venezuelano.
22 julho: Chávez anuncia a ruptura das relações diplomáticas com a Colômbia e ordena "alerta máximo" na fronteira, diante da "gravidade do ocorrido" na sessão da OEA pedida pelo governo colombiano para denunciar a presença de chefes guerrilheiros na Venezuela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contatos