Sejam bem vindos

Quem sou eu

Minha foto
"Espero que aprecie esse Blog,pois busco trazer sempre novidades para você. Se tiver alguma dúvida,comentário ou sugestão,sinta-se à vontade em fazê-lo." Email : teixeirajesus1@hotmail.com

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

De olho em segundo turno, Marina Silva ataca Dilma e Serra em debate

No penúltimo debate entre os quatro principais candidatos à Presidência, realizado neste domingo pela TV Record, a candidata Marina Silva (PV), numa estratégia de tentar chegar ao segundo turno, criticou fortemente a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra, evitando assim, a polarização entre os dois adversários que, de acordo com as pesquisas, estão à sua frente na disputa. Logo no início, dirigindo-se a Serra, a verde afirmou que o PSDB e o DEM haviam criticado o Bolsa Família, e quis saber se o tucano tinha proposta para ampliar os programas sociais. Em resposta, Serra não citou as antigas críticas e afirmou que o Bolsa Família é fruto de políticas sociais iniciadas no governo Fernando Henrique:
- Tenho um projeto para fazer da economia brasileira, uma economia forte. Do ponto de vista diretamente social, o meu propósito é fortalecer o Bolsa Família - disse Serra, que também citou sua gestão no governo de São Paulo, dizendo que realizou 110 mil concursos públicos - Nenhum estado gastou no Brasil tanto na área do social quanto nós.
Já a candidata Dilma Rousseff (PT) disse no primeiro bloco do debate que "ninguém está acima de qualquer suspeita", ao responder a uma pergunta do candidato Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) sobre o escândalo da Casa Civil.
O candidato do PSOL provocou a petista, dizendo que a corrupção bateu na porta na Casa Civil por duas vezes, e que ela seria "incompetente ou conivente" com o caso. Ela respondeu que espera que as investigações sejam realizadas da forma mais célere possível para que os culpados sejam punidos.
O tucano José Serra também declarou no primeiro bloco do debate que "ultimamente, parece que nos tornamos amigos de ditaduras", referindo-se às relações entre o Brasil e o Irã. Plínio de Arruda foi aplaudido ao defender esta relação, alegando que o país é amigo dos Estados Unidos, que também seria uma "ditadura".
Serra também atacou Dilma ao afirmar que as agências estão loteadas, se referindo especificamente à Anvisa.
A candidata Marina Silva (PV), ao ser perguntada por Dilma sobre o que achava das políticas do governo de geração de emprego, declarou que muitas pessoas estão trabalhando na informalidade, o que provoca vários problemas com a Previdência. Ela falou que vai lutar por trabalhos dignos e com mais benefícios.
Marina voltou a falar que vai fazer um plebiscito sobre a legalização da maconha e do aborto, e que confia na decisão da população brasileira para estas questões.
A candidata do PV também provocou Serra, ao lembrar que a gestão FH tercerizou muitos serviços, que levou a precarização e se o candidato seguiria esta linha. O tucano falou que nunca lutou "por terceirização que realmente não fosse necessária", e ressaltou a questão dos cargos de confiança do governo Lula, que seriam ocupados por filiados ao PT e sindicalizados.
'Lula não é meu inimigo', declara Serra
No segundo bloco do debate na Rede Record de Televisão, o candidato à Presidência José Serra (PSDB), apesar de já ter feito várias críticas feitas ao governo federal durante o processo eleitoral, declarou que o presidente Lula não é seu inimigo, e que também não tem nenhum problema com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido.
- Eu não fui patrocinado por ninguém. Eu fui o candidato escolhido pelo partido em função da minha história, da minha biografia. Essa coisa do FH está mal colocada, eu falo o tempo inteiro das coisas que fiz no governo dele, e ele me deu toda a cobertura para trabalhos de grande interesse. (...) E o Lula não é meu inimigo. Eu não trato adversários como inimigos, como o próprio PT costuma fazer - disse o tucano.
Plínio de Arruda Sampaio. Foto de Fabio Rossi A candidata Dilma Rousseff aproveitou a deixa para falar sobre a sua relação com o presidente, do mesmo partido:
- Ele (Serra) esconde o presidente que representa a experiência política do PSDB. Eu tenho imenso orgulho de ter participado do governo Lula e reivindico este governo como uma grande realização na minha vida - disse
Serra também foi perguntado sobre a campanha de 2002, quando uma atriz falou que tinha medo da possibilidade de Lula vencer as eleições:
- Sabe por que este medo não se justificou? O governo Lula não mudou o governo Fernando Henrique, aproveitou o que a política anterior tinha feito, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, o plano real - disse.
Marina comentou a resposta do tucano, afirmando que não participa desta polarização e ressaltou que ele e Dilma são iguais. A candidata do PV também comentou uma resposta da petista sobre o programa Minha Casa, Minha Vida, falando que o projeto poderia adotar algumas medidas ecológicas, como obtenção de energia solar. Ela ressaltou que é possível desenvolver o país de forma sustentável.
Plínio acusou os veículos de comunicação de censurar os candidatos de esquerda. Dilma aproveitou e falou que respeita a imprensa, e que os jornais têm o direito de falar da sua candidatura, e ela vai se pronunciar quando achar necessário. Plínio disse que existe uma omissão por parte dos meios de comunicação.
Dilma diz que Marina Silva também enfrentou denúncias de escândalo no Ministério
No terceiro bloco do debate, as candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) trocaram farpas. A verde falou que a petista entrou na Casa Civil após o escândalo do mensalão, e logo após a sua saída um novo escândalo estourou na Casa Civil. Marina perguntou o que Dilma fez durante a sua gestão para evitar novos casos de corrupção.
- Marina, eu fiz a mesma coisa que você quando assumiu o Ministério do Meio Ambiente. Você teve processos similares, com pessoas de chefia envolvidas na compra e venda ilegal de madeira, que foram objetos de investigação da Polícia Federal - disse Dilma.
Serra perguntou para Plínio qual era a sua proposta para o ensino técnico. O candidato do PSOL falou que tudo começa com o respeito ao professor, que deve ser valorizado no seu ambiente de trabalho, e prometeu destinar 10% do PIB para a educação, caso seja eleito. Plínio criticou as propostas dos candidatos que prometem construir escolas.
- Não adianta prometer tantas escolas, os candidatos precisam falar quantas escolas o país precisa. É essa promessa que a gente quer ouvir - disse Plínio.
A questão das fontes de energia renováveis, como a solar e eólica, foi discutida pela candidata do PV. Ela falou que o país precisa investir nestas formas renováveis, e que a exploração do petróleo deve seguir o modelo da Noruega, que provoca menos impactos ambientais, e não o da Venezuela, utilizado atualmente.
Serra e Marina pedem segundo turno aos eleitores
Durante as considerações finais do debate, os candidatos Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) pediram para que haja segundo turno nestas eleições durante.
Marina Silva ressaltou que não foi para o vale-tudo nestas eleições, e que tratou todos os candidatos com respeito. Ela contou que sente que cada vez mais os brasileiros estão entendendo sua política, e que existem "pessoas do PT que estão incomodadas com as alianças da Dilma, e pessoas do PSDB preocupadas com o promessômetro do Serra".
Serra começou suas considerações falando que o próximo domingo será um dia especial para todos os brasileiros, que podem decidir o futuro do país nos próximos quatro anos. Ele voltou a falar sobre sua experiência política e pediu para aqueles que já vão votar nele conseguirem mais um voto.
Dilma disse que representa o projeto de transformação do Brasil que "nos últimos oito anos tirou 28 milhões de pessoas da pobreza e levou 36 milhões para a classe média". Ela ressaltou que o país "voltou a crescer em taxas fantásticas" e que vai continuar este crescimento caso seja eleita.
Plínio pediu votos para ele e para todos os candidatos do PSOL durante as considerações finais. - Não vote em mim pelo meu passado, vote em mim pelo meu futuro - disse o candidato, ressaltando que já está na vida pública há 60 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contatos